O que você precisa saber sobre o Open Banking

O Open Banking vai permitir que você consumidor, ao fornecer consentimento, permita o compartilhamento dos seus dados e serviços entre instituições financeiras, através da integração de seus sistemas.

E entre os dados que poderão (ou não) ser compartilhados estão:

  • Endereço;
  • estado civil;
  • faturamento;
  • produtos e serviços que tenha contratado;
  • contas;
  • limites;
  • saldo;
  • cartões de crédito.

Em relação à segurança destas informações, o Banco Central afirmou: “É das instituições participantes a responsabilidade pela confiabilidade, integridade, disponibilidade, segurança e sigilo dos dados e serviços dos clientes no processo de compartilhamento. Cabe a elas, também, cumprir as disposições da legislação e da regulamentação em vigor”.

Apesar de estarmos iniciando no país com o Open Banking, o fato é que ele não é exatamente uma novidade. O Reino Unido iniciou implementando um sistema semelhante em 2018, seguido pela Austrália e Índia, que iniciaram seus processos de implementação ano passado. Já Estados Unidos, Canadá e Rússia estão estudando meios de implementar o sistema em seus países, mostrando que o Open Banking é uma tendência mundial.

Como autorizar que os bancos compartilhem seus dados

O processo de fornecer o consentimento vai seguir uma linha semelhante ao processo de portabilidade de contas.

Você deve contatar o banco onde possui as informações que necessita, e solicitar que o banco compartilhe essas informações com o outro banco para onde o cliente quer que as informações sejam enviadas.

E para revogar este consentimento também será através do contato com o banco, neste caso, solicitando o cancelamento desse consentimento.

O que muda na sua vida?

Em um cenário típico, um cliente que possui um longo relacionamento com o banco A, mas agora precisa iniciar um relacionamento com o banco B, encontraria certas barreiras para iniciar esse relacionamento, visto que, o banco B não possui muitas informações a respeito do comportamento financeiro deste cliente.

Já, quando se trata de um cenário de Open Banking, você, que tem relacionamento com o banco A, poderá pegar todas as informações sobre seu comportamento financeiro e levar para o banco B, que neste caso, já não precisará iniciar esse relacionamento com o cliente da estaca zero.

Logo, essa possibilidade favorece que você consiga ganhar mais credibilidade na hora de solicitar um serviço de um banco com o qual ele ainda não tem uma relação, ao passo que, também favorece as instituições bancárias que terão as informações necessárias na hora de definir o perfil daquele cliente, isso de uma forma mais assertiva.

Benefícios do Open Banking

O Open Banking trouxe muitos benefícios para os correntistas,  e entre eles destacam-se:

  • Mais opções de serviços

Se antes você ficava restrito às opções oferecidas pelo banco onde detinha uma conta corrente, agora será possível que você possa utilizar seu histórico bancário como base para solicitar serviços onde quiser, bastando para isso somente solicitar o compartilhamento das informações.

  • Menores taxas

O aumento da concorrência, a tendência é que esse movimento obrigue as instituições a oferecerem taxas menores e maiores benefícios para seus clientes de modo a mantê-los. Isso, obviamente, vai beneficiar diretamente o correntista.

  • Serviço mais personalizado

Com a possibilidade de acessar seu histórico bancário, mediante seu consentimento, as instituições e fintechs poderão traçar seu perfil financeiro de forma mais assertiva, oferecendo serviços personalizados.

  • Melhora na qualidade dos serviços bancários

A chegada do Open Banking vai obrigar as instituições a melhorarem seus serviços sob o receio de ficarem para trás se não o fizerem.

A concorrência que as fintechs e outros bancos trarão, permitirá ao cliente escolher a melhor opção dentre tantas. O banco que quiser manter o cliente terá que oferecer um bom serviço e uma boa experiência.

Tecnologia do Open Banking

A tecnologia que vai fazer a integração entre as instituições se chama API, ou application programming interface, e é interessante saber que, muito embora, seja uma tecnologia no qual a maioria de nós ainda é leiga, ela não foi criada especificamente para o Open Banking.

API é a maneira como os softwares estão interligados na internet, como um tipo de ponte que conecta um local ao outro. Um bom exemplo do que seria API é o fato de que o Uber, para funcionar e entregar a rota, se conecta ao API do Google Maps.

Os APIs relacionados ao Open Banking são seguros e fiscalizados pelo Banco Central.

Além disso, o Banco Central, com o objetivo de estabelecer formas que possam incluir todas as instituições financeiras aptas a participarem, e garantir que todas tenham os mesmos direitos e deveres, criou um grupo, junto com os principais representantes das principais instituições financeiras do Brasil, grupo este que inclui como participantes: a Febraban, a Abecs, a ABFintechs, representando as fintechs do país, a OCB, a ABBC, a Abipag e a Abranet.

O ano de 2021 foi o ano de implementação do Open Banking no Brasil, porém agora em 2022 se iniciam as fases de liberação dos recursos de forma gradual, como o previsto neste cronograma:

  • 15 de fevereiro: Compartilhamento de serviços e transferências entre contas do mesmo banco e TED;
  • 30 de março: Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao Open Banking;
  • 31 de maio: Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros;
  • 30 de junho: Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto;
  • 30 de setembro: Compartilhamento de serviços de débito em conta.

O Open Banking chegou, e com ele também chega a necessidade, agora maior do que nunca, de que cada pessoa organize sua vida financeira, de modo a aproveitar o que de melhor essa tecnologia tem a oferecer.

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