Para a maioria das pessoas, conversar sobre dinheiro é um tabu que causa constrangimento e desconforto. E querendo ou não, essa resistência do brasileiro em falar sobre o tema, é um fator de risco para o endividamento e eu vou te explicar o porquê disso.
De acordo com dados do Serasa, existem aproximadamente 63 milhões de pessoas no país com restrição no nome. Isso significa que quase 4 pessoas em 10 dez estão com o nome sujo.
Já um estudo do Datafolha mostrou que 49% dos brasileiros evitam até mesmo pensar em dinheiro para não se preocupar, e de acordo com uma pesquisa do SPC Brasil, três a cada dez brasileiros não fazem ideia de quanto seus parceiros ganham.
Por fim, um estudo do Instituto Locomotiva e da XP mostrou que 7 a cada 10 pessoas percebeu que sua renda é insuficiente para cobrir seu custo de vida.
Mas e qual a relação disso com o fato de não falarmos sobre dinheiro?
O brasileiro, de um modo geral, evita falar sobre o que lhe causa angústia, desconforto e, mesmo que ele ganhe bem, evita falar no assunto para não ser visto como sem caráter ou soberbo.
Temos uma ideia errônea de que o dinheiro “corrompe” as pessoas e isso fica nítido quando observamos as seguintes estatísticas da pesquisa da Datafolha:
- Em média 83% dos entrevistados disseram conhecer pessoas que perderam seus valores éticos por terem ganho muito dinheiro;
- Uma média semelhante afirma que acredita que o dinheiro pode acabar com os relacionamentos, sejam eles de famílias, casamentos ou amizades;
- E em média 9 a cada 10 pessoas afirmaram que o fato de ganhar mais dinheiro do que a maioria atrai inveja.
Aliado a essas crenças, existe muito forte também a ideia de que investir é coisa de rico, o que é a etapa final para uma população que não entende sobre dinheiro, não investe na própria educação a respeito do assunto e por fim, evita falar sobre o tema até com seus próprios parceiros.
E como podemos resolver essa questão?
- Desmistificando crenças:
Não existe fórmula mágica. Será necessário que tenhamos a capacidade de buscar entender sobre dinheiro e desmistificar essas crenças que só atrasam nossa vida.
O dinheiro é uma ferramenta, e como toda ferramenta ela não é boa nem ruim. Porém, ela potencializa o que a pessoa já é.
Logo, se ela é soberba, ficará mais. Se ela for egoísta, isso ficará mais evidente.
Porém, o mesmo vale para o oposto também: pessoas generosas, caridosas, cuidadosas e doadoras o são, tendo ou não dinheiro e tendem a ter essas características também potencializadas conforme ganham dinheiro.
A ideia de que dinheiro atrai inveja parte do pressuposto de que o desejo de uma pessoa pelo nosso mal é maior que o Deus que nos guia? Para quem acredita em Deus, ter medo da inveja alheia não faz o mínimo sentido.
E para quem não acredita em Deus, menos sentido faz.
Logo, o que os outros sentem sobre nós é problema deles, e acredite, não é só dinheiro que causa esse sentimento nos outros.
Um casamento feliz, filhos saudáveis, corpo em forma, um emprego legal, a tua quantidade de amigos… tudo isso tem potencial de causar esse sentimento em alguém.
Como você lida com isso? Tendo cuidado com as pessoas que você permite que se aproximem de você e que façam parte da sua vida.
Entende como essas crenças sobre dinheiro não podem ser um motivo para você não buscar ganhar o seu e entender como trabalhá-lo?
- Comece a falar com seu parceiro sobre dinheiro
Outro ponto importante é o fato de que poucas pessoas se sentem confortáveis em falar sobre dinheiro com seus parceiros.
Mas agora eu pergunto: Como vai ser possível construir uma vida em comum próspera com uma pessoa quando vocês não sentam e definem metas financeiras juntos, ou pior, quando nem fazem ideia de quanto o outro ganha?
- Pelo bem da sua saúde mental, busque entender como o dinheiro funciona
E por fim, a pesquisa “O bolso do brasileiro”, do Instituto Locomotiva e da Xpeed mostrou que 63% dos entrevistados possuem um conhecimento básico de educação financeira, sendo que a grande maioria não soube sequer fazer cálculos simples.
A falta de conhecimento sobre dinheiro nos causa dificuldade de lidar com ele e uma das consequências disso é a nossa saúde mental.
Pois, as dificuldades financeiras estão diretamente ligadas a emoções como angústia, impotência, sofrimento e ansiedade, tanto que, nessa mesma pesquisa 46% dos entrevistados afirmaram que sentem culpa em relação à sua situação financeira atual, 31% disseram que o tema causa irritação e 21% perdem o sono por esse motivo.
Sintomas como tensão muscular, tremedeira, transpiração e insônia também foram relatados, inclusive, boa parte dos entrevistados evitam abrir os boletos e outra parte adia decisões financeiras por medo de pensar no orçamento.
Isso só nos mostra uma coisa, se você busca mais qualidade de vida, você precisa se permitir prosperar.
Isso significa que, você precisa prezar pela sua saúde mental, aprendendo sobre dinheiro de forma a utilizá-lo da melhor forma, aplicá-lo da melhor forma e então ganhar com isso a sua saúde mental de volta.
Busque livros que te auxiliem a criar uma nova mentalidade sobre dinheiro, que te elevem, que te ajudem a entender como tudo isso funciona.
E se você é do time que gosta de receber uma atenção especial para entender os processos, aprender a investir, aprender a gerir um orçamento, planejar objetivos ou até mesmo para receber dicas de como aprender a falar sobre dinheiro e se sentir bem fazendo isso, venha conversar comigo que eu tenho exatamente o que vai te fazer elevar seu patamar financeiro a outro nível!
