De que forma a inflação atinge o seu bolso e como lidar com ela

Bem provável que você já tenha ouvido falar muitas vezes sobre inflação. Seja nas páginas dos jornais ou noticiários da TV, esse é um tema bastante discutido, também por especialistas, pois interfere diretamente na economia do país e no seu bolso também.

A inflação pode ser definida como o aumento dos preços de bens e serviços. Com isso, ela representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda. Ou seja, nosso dinheiro (o real) perde valor.

Uma forma simples de perceber a inflação é indo ao supermercado. O preço dos produtos nas prateleiras não são os mesmos de alguns anos (ou até meses) atrás. Todos estão mais caros. Por exemplo, mês passado você foi ao supermercado e comprou 1kg de carne por R$ 15. Este mês, ao voltar no mesmo supermercado, esse mesmo produto estava valendo R$ 25. Isso é inflação.

Não é apenas com produtos da rotina diária, a inflação também impacta nos valores de itens maiores, como aluguel e automóveis, ou itens de longo prazo, como a mensalidade de uma faculdade ou pós-graduação. Por isso, é importante que você entenda o que é a inflação para poder controlar os seus gastos.

Os últimos impactos da inflação no Brasil

Para o Brasil, o principal efeito no mapeamento dos efeitos diretos da guerra entre Rússia e Ucrânia se refere à oferta de fertilizantes e ao aumento no preço das commodities agrícolas – como trigo, milho, óleo de girassol e fertilizantes – e de petróleo. Instabilidades que acometem a segurança energética e alimentar refletem na alta dos preços desses itens, que já vinham em uma tendência de alta por conta da pandemia.

Os produtos do grupo de combustíveis de veículos (gasolina, etanol e diesel) subiram quase 50%, enquanto os combustíveis domésticos (gás de cozinha, por exemplo) subiram 36%. E vale ressaltar que a alta do preço dos combustíveis afeta os custos de produção e distribuição de forma geral. Logo, quando a gasolina sobe, ela leva junto milhares de outros produtos.

Outro aumento relevante diz respeito à energia elétrica, que teve uma alta de mais de 20% no último ano. Mas, a elevação de preços mais impactante está mesmo nos alimentos e aí está a explicação para a compra do supermercado não estar mais cabendo no seu orçamento. Dos 168 itens que fazem parte da cesta de consumo das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos e compõem o segmento de alimentos e bebidas, 143 passaram a custar mais.

Quem paga aluguel, escola e plano de saúde

Como a inflação também afeta diretamente os contratos de aluguéis, os inquilinos sentiram esse forte impacto. Outros serviços de referência são as mensalidades em escolas e universidades e os planos de saúde, que também aumentaram bastante por conta da evolução da inflação.

Quem compra produtos ou insumos importados

Como muitos produtos que consumimos no dia a dia são importados, esse aumento afeta também os preços de eletrodomésticos e eletrônicos. E mesmo que você não precise trocar sua TV ou computador nesse momento, saiba que a alta do dólar também afeta itens que aparentemente são 100% nacionais e podem acabar custando mais, pois, às vezes, são usadas máquinas importadas para produzi-los ou embalá-los.

É o caso, por exemplo, da maioria dos medicamentos que dependem de insumos importados e do pão que consumimos diariamente, já que metade da farinha consumida no Brasil vem de outros países, como da Rússia, que é a maior produtora mundial de trigo e da Ucrânia, que ocupa a quarta posição.

Como nos prevenir da inflação?

Dê preferência a consertar em vez de comprar: Talvez um pequeno reparo seja suficiente para garantir que um equipamento quebrado funcione por algum tempo até que os preços se acalmem.

– Procure substituições: O preço da carne está nas alturas? Substitua pelo frango. O arroz não cabe no orçamento? Substitua pela batata, inhame ou macarrão. O importante é manter uma alimentação balanceada e saudável.

Pesquise e compare preços: A melhor forma de combater a inflação é incentivar a livre concorrência e não sair comprando a primeira opção que encontrar pela frente. Aproveite a facilidade da internet para pesquisar preços, comparar promoções, analisar as opções e tomar a decisão mais adequada para o seu orçamento.

Evite compras por impulso: Se a inflação está nas alturas, vale a pena redobrar a atenção e reforçar as medidas que ajudam você a controlar impulsos consumistas, como evitar ir ao supermercado com fome, levar sempre uma lista de compras, colocar limite nos pedidos das crianças, usar a calculadora durante as compras para evitar a confusão das contas mentais e planejar muito bem o uso do cartão de crédito.

Outro caminho é fazer investimentos que possibilitem rendimento acima da inflação. Existem diversas alternativas disponíveis, o que, por um lado apresenta diversas oportunidades de diversificação, porém, por outro, pode acabar confundindo alguns investidores.

Há títulos dentro da plataforma do Tesouro Direto, como o título Tesouro IPCA+, cuja remuneração varia conforme a variação da inflação (IPCA). Além desta variação há adição de remuneração através de percentual de juros. Existem também outras oportunidades interessantes fora do Tesouro Direto, em corretoras de valores.

Nestes casos, sempre é bom contar com a ajuda de um profissional. Caso você queira nosso acompanhamento, entre em contato pela página e marque sua consultoria comigo! A primeira reunião é totalmente sem custos para você! Aproveite para receber orientações já na primeira conversa!

 

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