A Teoria do Ciclo de Vida – Construção, Acumulação e Desinvestimento: Em que fase você está exatamente?

Já parou para pensar como você estará vivendo daqui a 10 ou 20 anos? Pois é, um dos primeiros questionamentos a aparecer é em relação à situação financeira. Hoje em dia buscar mais segurança é primordial para garantir certa estabilidade no futuro.

No Brasil, segundo o Relatório Global do Sistema Previdenciário, emitido pela Seguradora Allianz em 2020, 90% das pessoas com mais de 25 anos deixam de poupar pensando na aposentadoria. Grande parte desse público deixa de cuidar dos seus investimentos por falta de informação ou falta de reconhecimento da importância de investir.

Apesar de parecer difícil, o equilíbrio das contas domésticas começa avaliando a relação consumo e rendimentos. Na década de 40 John Maynard Keynes, a partir da sua Teoria Geral, estipulou que os gastos cresciam conforme o aumento do salário.

Mas foi o italiano Modigliani que desvendou certo padrão na relação despesas e ganhos, resultando nas ideias da Teoria do Ciclo de Vida. Vencedor do Nobel em 1985, o economista revolucionou a macroeconomia e finanças e atualmente sua pesquisa ainda inspira os maiores investidores.

Nossa vida financeira é dividida em três grandes ciclos

Primeiramente, essa hipótese estipula três fases na vida de uma pessoa, levando em conta o retorno do seu trabalho e o quanto de dinheiro é poupado. O objetivo é que ao seguir esse raciocínio, aplicando seus preceitos no próprio planejamento financeiro, a seguridade seja alcançada. Ou seja, se seguirmos essas etapas, poderemos ter uma aposentadoria tranquila e garantir mais conforto para a nossa família!

1º ciclo: Começamos a gerar renda

A partir dos 20 anos, entramos no mercado de trabalho, mas não temos o suficiente para criar uma reserva, por representar a experiência do primeiro emprego. É a fase de conquistar um imóvel, carro, pagar faculdade, entre outros sonhos. Por conta disso, ao evoluir subindo de cargo ou arrumando novas oportunidades, o anseio de realizar os desejos pode acabar atrapalhando a prática de guardar recursos.

2º ciclo: Construímos nosso patrimônio

Depois dos 30 anos, estamos no auge da maturidade na carreira, não é? Por mais que essa fase chegue para alguns mais perto dos 40 ou 50 anos. Nessa fase, se um fundo de emergência não começar a ser construído, os riscos futuros aumentam. Com isso, é o estágio que mais exige do orçamento quanto a economizar.  É claro que esse caminho será ainda mais fácil de ser percorrido, aderindo a investimentos de renda fixa ou renda variável. Nesse ciclo é que ocorrem as promoções, empreendimentos, projetos que trazem mais retorno financeiro e possibilitam um aumento nas reservas financeiras e uma melhora no estilo de vida.

3º ciclo: Colhemos os frutos

Por último, a partir dos 60 anos ou quando houver possibilidade de se afastar do posto de trabalho, começa a haver mais saídas das reservas financeiras do que entradas. Seja para curtir a aposentadoria, realizar sonhos ou cuidar da saúde. É a fase de colher os frutos do que foi plantado no passado e priorizar o bem-estar.

É bem simples entender a Teoria do Ciclo de vida de Modigliani. Agora é com você: reflita sobre qual estágio você se encontra hoje e o que pode fazer para chegar ao próximo ciclo da melhor forma possível! Quanto mais cedo se adequar, melhor será para garantir um futuro mais tranquilo e livre de preocupações financeiras.

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